sábado, 14 de abril de 2012

Havaiana de pau

Procurando algo mais interessante que as tragédias cotidianas pra ler no jornal, acabei esbarrando os olhos numa matéria: Palmada não educa, conclui análise de 20 anos de pesquisas.

Saindo do mérito se é ou não correto uma "palmadinha", particularmente, causa-me ojeriza quando o Estado se intromete demais na vida dos indivíduos. No caso da tal Lei a Palmada, ainda em tramitação, creio que vai mais servir de instrumento para que os rebendos mais endiabrados tornem os pais reféns de suas travessuras e birras, assim como já ocorre com os professores, do que para efetivamente assegurar sua "dignidade".




Interessante o texto (leu o link?). Gostei de um argumento em particular, no tocante à criminalização dos castigos físicos contra os guris: "a ironia: um adulto bater em outro é crime, mas um adulto bater na sua criança não é". E, sim, a iniciativa é muitíssimo bem intencionada - a reza do Projeto de lei 7.672 / 2010 chega a ser bonita! Porém, não duvido de criança até mesmo dando bifas (?) nos grandões - lógico que com resultados diferentes.

Não que eu seja muito favorável a ficar descendo a mão nos pivetes. Agora, sou muitíssimo contra o Estado criminalizar genericamente esses atos - e virar aquela "putaria" (por "putaria" não me refiro à prisão ou perda da guarda, que não estão na proposta). Para os abusos já existe conselho tutelar, polícia...

Gostei de observações de um dos "entendedores anônimos" (nos comentários da matéria). Sergio Dutra escreveu:

"É claro que jamais se deve machucar uma criança, mas as vezes uma palmada pode (e deve) ser usada. A maioria das crianças testam a autoridade dos pais, desafiam suas ordens e se recusam a obedecer, muita vezes até se colocando em situações de risco. Nessas horas uma palmada é um grande instrumento pedagógico (...)"

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