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sábado, 21 de dezembro de 2013

Mulheres Descamisadas

(Re)Produzem-se toneladas de parvoíces quando se trata da exposição dos seios femininos em público: "se dar o respeito", "se valorizar", "ter pudor", "putas", "gente de bem" versus "vagabundas", "peito de mulher é sexualizado, o de homem não"...

Engraçado que no Carnaval só o que faltam mostrar é o bico dos seios e não se vê mobilização para despejar ofensas - claro, pois os mamilos é que são polêmicos! haha

São agressões desferidas com a naturalidade de quem corta um tomate para fazer um vinagrete, como se o alvo não fosse digno de respeito. Estarrecedor (talibans aplaudem). Se você for homem, prevalece o óbvio de que natural mesmo é ficar a pele e pelos nesse verão escaldante; senão é "atentado ao pudor".

Saga da bestialidade humana. Capítulo: seios.
Mulher: peitos permitidos

Há algumas décadas não eram muito diferentes os "elogios" sobre mostrar os braços ou o colo do peito. Felizmente houveram mudanças - e avanços. Hoje em dia isso seria ridículo, certo? Fica evidente o quão contraditório e fraquinho é o argumento de que o topless não deve ser permitido por não fazer parte da Cultura brasileira... Se a Cultura não fosse algo mutável ainda estaríamos caçando bichos a pedradas para alimentar-se (embora a mania de matar a pedradas não tenha cessado...).

De um lado, homens bocós que parecem ter medo de mulher, odiando o fato de perder o monopólio sobre a liberdade de fazer algo tão "épico" como descobrir os peitos ao ar livre. _ Oh, os peitos dela não serão mais "virgens" :'( E eis que o rancor misógino prevalece sobre a educação - oportunidade para alguns animais.

De outro, mulheres machistas que, de tão adestradas, nem percebem a demonização/submissão do próprio corpo. E, além de não contribuírem em nada pra mudar, ainda atiram pedras (!). Que continuem comportadinhas, com medinho paranoico das "vagabundas" tomarem seus homens, censurando qualquer comportamento/roupagem que as ameace; que continuem cavando mais fundo a vala que igualmente as reprime... (Acorda, menina!)

É o moralismo largando o cérebro no automático, por mais bestial que seja o resultado. Apela-se até pra escrotice de dizer que estão pedindo para serem estupradas por estarem "dando cabimento". Esse é o tipo de pensamento que te faz Cúmplice - sim, Cúmplice: por fertilizar terreno pra esse tipo de violência em que a vítima recebe o "bônus" de ser tratada como se culpada fosse.

Não surpreende que cheguem ao cúmulo do absurdo de rejeitar/desmoralizar até mesmo a visão de algo tão belo como a amamentação, inserindo o gesto na categoria de coisas "inadequadas" e até "desresPeitosas" de se fazer em público. Só pode se tratar de uma sociedade doente... (Que segue recrutando os pequenos a perpetuarem a mesma boçalidade)



PS: Necessário o movimento "Marcha das Vadias" que, dentre outras coisas, reivindica à mulher a jurisdição sobre seu corpo. As reações ao último protesto, "Toplessaço", deixam isso bem claro.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Os privilégios que os LGBTs querem

A ideia de que os LGBTs (eu incluso) queiram "mais" direitos em detrimento do restante dos cidadãos visa, rasteiramente, segregá-los ainda mais e colocá-los na posição de: Sociedade x "Eles".

É alimentada por falácias, da série “bobagens a repetir até colar”, que tentam confundir os conceitos de privilégio e de proteção a direitos que são diariamente cerceados pela intolerância.

Não se trata de "mais" e sim dos mesmos direitos, algo que não está garantido apesar dos mesmos deveres. Direito à dignidade, ao simples direito de ir e vir, à Segurança, à Educação (tendo em vista a evasão por causa do bullying), vários outros direitos civis e etcéteras. Isso é privilégio?
facepalm implícita - quando algo é tão, mas tão estúpido que o gesto nem é necessário...

Não, não tem fundamento algum falar em privilégio. Essa afirmação é de uma boçalidade tão gritante quanto dizer o mesmo de outras leis de proteção social, tais como:
  • A Lei Maria da Penha nasceu para proteger adequadamente as mulheres do machismo que as oprime com violência (moral, física e psicológica). A delegacia da mulher foi um outro avanço, para (em tese) tratá-las de maneira digna em momentos devastadores como o estupro e ampará-las quanto às surras do macho "exemplar" que as destrói em casa, pra citar 2 exemplos. Será que Delegacia da Mulher, assim como Hospital da Mulher, não deveria existir também por ser um "privilégio" que os homens não têm?...
  • O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) deveria ser revogado? Não pago pra ver se, entre outros, mortalidade infantil, gravides na adolescência, exploração do trabalho levam a nação muito adiante...
  • O Estatuto do Idoso também? Que a negligência, descaso, falta de educação e consideração reinem sem ele?
  • A Lei contra o Racismo, complementando a Constituição Federal pune a discriminação por raça, cor, etnia (qualquer que seja), bem como religião (!) ou procedência nacional; nasceu para que não se mantivesse as pessoas (principalmente afrodescendentes) à margem da impunidade contra as agressões à sua dignidade (alguma semelhança?)
  • O Estatuto do Índio (e Constituição, inclusive) os protege, pois doutra forma provavelmente estariam mais perto da extinção. Pra que índios, né?

Será que todos esses grupos são "privilegiados" e estão postos "acima" da sociedade ou estão protegidos das distorções provenientes dela? Essa proteção se dá sob o princípio constitucional da igualdade, que significa "tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades". Ou seja, tal tratamento visa ao equilíbrio, a dar condições para que os mesmos direitos e deveres sejam satisfeitos.

Neste sentido, o PLC122, ora mandado à UTI pelo Legislativo, propõe tornar crime o ato de quem for "praticar, induzir ou incitar a discriminação", do que resulte a "ação violenta, constrangedora, intimidatória e vexatória, seja ela de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica". Isto não apenas envolvendo LGBTs, pois altera a mesma lei anti-racismo já citada e amplia o grupo: "crimes de ódio e intolerância resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, gênero, sexo, orientação sexual, identidade de gênero ou condição de pessoa idosa ou com deficiência".

Chamam a isto "mordaça gay". Sério? Vamos reler esse trecho:
de que resulte a "ação violenta, constrangedora, intimidatória e vexatória, seja ela de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica"
Liberdade de expressão não vem sem responsabilidade/consequências, nem é desculpa para ter Liberdade de Opressão, garantida pela Impunidade.

Laerte sobre preconceito contra gays

Alguns argumentarão, seguindo a linha de J.R. Guzzo (autor do famigerado "Parada Gay, Cabra e Espinafre", publicado pela Revista Veja), que não tem sentido um projeto assim, visto que a violência atingiria a toda a sociedade igualmente, sendo os homossexuais uma parcela ínfima das estatísticas: "entre 250 e 300 homossexuais foram assassinados em 2010 no Brasil. Mas, num país onde se cometem 50 000 homicídios por ano, parece claro que o problema não é a violência contra os gays; é a violência contra todos". Só faltou concluir com aquele bordão de que "há coisas mais importantes..." (Diga isso a quem não pode andar tranquilo na rua, à família e amigos de quem teve a vida ceifada covardemente; diga isso ao cidadão que pensa diariamente em tirar a própria vida por causa da pressão social que o cerca; vá lá e diga que "há coisas mais importantes")

Entretanto... Uma coisa é a criminalidade de que a sociedade toda é refém: roubos, tráfico, homicídios em geral, trânsito, corrupção, etc. Outra coisa é o Crime de Ódio, a que nem todos estão sujeitos. Garanto que esse discurso falacioso e alienante seria diferente, bem diferente, se fossem 300 negros mortos por racismo - não me refiro às vítimas da criminalidade ou da polícia, mas sim àqueles que sejam mortos só por serem negros e ponto, sem mais nem menos. Aborda o sujeito na rua e mata, por que?, porque você é "preto".

É preciso enxergar que qualquer morte motivada por crime de ódio merece atenção. Se morressem 10 gays no Brasil, assassinados friamente apenas por serem gays, já seria preocupante. As estatísticas só fazem crescer, ainda que haja o receio de expor-se ao denunciar, ser humilhado pelas autoridades e abrir o peito ao preconceito à queima-roupa.

Segundo o IBGE, dos 5.561 municípios brasileiros, apenas "486 (8,7%) possuíam programas ou ações para o enfrentamento da violência contra LGBT" em 2011. Vê-se que as autoridades, boa parte delas, está se lixando - ou se acovardando ante o lobby conservador-fundamentalista (como o da Bancada Evangélica no Congresso).

A revolta diante de tal cenário é natural e justa; e não menos justa é a discussão de políticas públicas ou mesmo dispositivos legais para que as próximas águas sob a ponte não sejam tão turvas (sem confundir discussão com discurso-retórico-demagogo-embromador ad infinitum).

Gato de CheshireOu toda a comunidade LGBT deve ficar quieta porque já tem direitos demais e vive no país das maravilhas? Nem Alice teve só flores, chuchu; a guria já começou aos tombos e tendo que diminuir a si mesma to fit in...



"A homofobia é como o racismo, o anti-semitismo e outras formas de intolerância na medida em que procura desumanizar um grande grupo de pessoas, negar a sua humanidade, dignidade e personalidade." (Coretta Scott King, viúva de Martin Luther King Jr, negra americana ativista e líder dos direitos civis)


Referências:

sábado, 11 de agosto de 2012

O salto alto masculino está voltando?

Se lhe pedissem para descrever a primeira coisa que lhe viesse à mente ao imaginar um macho da nossa espécie equilibrando-se sobre um sapato com salto alto, provavelmente ocorreria uma dessas duas cenas:
1 - o pobre indivíduo em briga para manter-se de pé feito peão montando cavalo bravo;
2 - alguém de cabelos compridos, saia?, maquiagem e voz mais difícil de disfarçar quanto o "pacote" do sujeito (no caso de não ter feito vaginoplastia).

Estivéssemos na Roma antiga, seriam prontamente identificadas como prostitutas as mulheres ou as representantes desse "terceiro sexo" que desfilasse suas pernas sobre essas peças de tortura da moda. Quase um crachá de "profissional do séquiçu" (sic) - profissão legalizada por lá, naquela época, diga-se de passagem. Hoje em dia são estigmatizadas independente do que calcem...

Em geral, o sapato (e salto) em diversas culturas, oriental, ocidental (incluindo a romana), distinguiam as classes mais altas das demais (mais alto, mais importante). Não era mera expressão de feminilidade, mas de poder. Assim, não é de se espantar que homens usassem e ostentassem salto alto, em especial os baixinhos.

O estiloso Rei-Sol (Luiz XIV, França, séc. XVII), devido à posição que ocupava, é dos casos mais notórios da nobreza elevando os calcanhares. E justamente por remeter à nobreza, à aristocracia, decaiu definitivamente no gosto masculino com a Revolução Francesa (séc. XVIII).

Resgatado entre as mulheres, é hoje tabu entre homens. Nenhum, que não se travista de mulher, arriscaria imitar Carrie Bradshaw (personagem do seriado Sex And The City) e colecioná-los como se fossem selos pra combinar com a camisa do dia.

Porém, como o relacionamento do bicho homem com o besteirol a que chamamos Moda é tão cheio de idas e vindas quanto político corrupto, aquela peça cafona cheirando a naftalina no guarda-roupas pode voltar um dia. Naftalina é o cheiro do "novo". Será? Será que um dia desses a machaiada volta ao salto? (cá entre nós, prefiro patins ^^)

Perceba o que vem ocorrendo com os tênis de marca (e os vira-latas também), os amortecedores a mola, a ar, a qualquer coisa. Não acredito que haverão ao montes nas ruas rapazes como os do Kazaky (aquele grupo narcisista se requebrando com Madonna no videoclipe da música "Girl Gone Wild"), mas...

sábado, 26 de maio de 2012

Gravata: Boa Constrictor

tie snake

Sem cinto as calças caem, o que é bastante desagradável. Sapatos separam os pés do chão,meias separam os pés dos sapatos. E ainda diminuem o chulé, o que não é pouco. Calça, camisa, cueca ­ entendo perfeitamente bem a razão para usar essas coisas. Mas... para que diabos serve a gravata? Já me disseram que é para esconder os botões da camisa. Arrã. Então tá. Quer dizer que esse pessoal bem arrumado usa gravatas de seda de 300 reais porque morre de vergonha de exibir botões de plástico. Por 300 reais deve dar para fazer botões de rubi.

Calma, calma, elegante leitor. Não estou dizendo aqui que acho que as roupas só valem pela utilidade delas. É claro que eu entendo a importância da moda ­ embora tenha de confessar que nunca me dei muito bem com ela nem ela comigo. Roupas servem para um monte de coisas além de proteger e esconder o corpo ­ elas definem identidade, denotam estados de espírito, passam mensagens. Será que é para isso então que serve a gravata? Para passar uma mensagem?

É claro que sim, e não tenho dúvida sobre qual é a mensagem. Aquele pano pendurado no pescoço grita para quem estiver por perto: “Ei, olha aqui como eu sou importante!” É um código simples, rápido, direto, que todo mundo entende na hora: no meio da multidão, os que estão de gravata são dignos de atenção, de direitos, de mil gentilezas e mesuras. Os de gravata comandam. Os sem gravata obedecem. É assim. Não é à toa que agora tem essa moda de engravatar os seguranças particulares. rolleyes

Não é engraçado que coisas assim ainda existam em nossa sociedade? Gostamos de achar que tudo em nosso mundo ­ ocidental, urbano, secular ­ é racional, democrático.Mesmo assim, continuamos usando sinais bem pouco sutis de diferenciação social, como naquelas sociedades que gostamos de chamar de “primitivas”. É quase como se fôssemos trabalhar de cocar e contássemos com atenção as penas do sujeito ao lado para saber se ele vale mais ou menos do que nós. Bizarro, enfim.

Por favor, não me entenda mal. Não estou aqui declarando guerra às gravatas, nem aos usuários delas. Uma das utilidades das roupas, que eu não mencionei lá em cima, é deixar as pessoas confortáveis, e tem muita gente que só se sente confortável de gravata. Eu, com essa minha mania de ser do contra, já passei muitas vezes pela sensação de ser o único sem gravata num lugar. Sei o quanto isso pode ser desconfortável, mais até do que o sufocamento do colarinho. Cada um cada um, já dizia minha avó. Que use gravata quem quer.Mas será que ainda faz sentido que algumas empresas continuem exigindo que as pessoas enrolem o pescoço num trapo apertado ao acordar de manhã? Será que ainda faz sentido que nós continuemos medindo o valor das pessoas pela quantidade de penas no cocar? ("Acabo de lançar uma campanha cívica. Desengravatemos nossas vidas!", por Denis Russo Burgierman)

Faltou acrescentar o descabimento de usar determinadas vestimentas e acessórios em determinado clima... Assim como carregar sobre o nariz um par de óculos escuros em plena noite (a não ser que você seja Bono Vox diante dos refletores em algum show)

Relacionado:
Gravata surgiu para limpar suor e virou símbolo do poder masculino, por Giovana Sanchez, no G1: "O homem enrola e amarra pedaços de pano ao redor do pescoço há centenas de anos(...)"

domingo, 4 de março de 2012

Coisas Pequenas

Trocava figurinhas sobre despesas e custos - fixos, variáveis, diretos, indiretos. O tom, entre solícito e bazófia, era sobre matéria boba de prova importante. Tentava graduar-se nessa profissão que beira o abstrato e o misticismo, a do Administrador.

O outro emendou metido num monólogo, entre suas orelhas deselegantemente acorrentadas ao smartphoMe, enumerando objetivos "de vida". Inglês, Excel, pós-graduação, aprender a mexer na calculadora HP, e beber e comer todas na balada do fim de semana... E isso arrancando bocejos daqueles que mal cabem na boca.

De quem? Não do interlocutor. Este, como a maioria adestrada de nós, socializava com um belo sorriso de aeromoça, esperando sua vez de retomar a prosa. Quem estava com as nádegas inquietas na poltrona à frente, procurando posição para cochilo até a próxima estação, era o pobre ouvinte que compartilhava passivamente o diálogo no vagão do metrô paulistano.

Tão impregnada essa cultura do sucesso, da performance pessoal, laboral, sexual, que até sinto remorso pelo desinteresse. "Sem isso você não será alguém" (?!) Nascemos pra "realizar" e consumir - alimento, entretenimento, coisas, pessoas... Vícios...

Gosto deixar em aberto (não muito seriamente) a possibilidade de vender côcos e bijouterias nalguma praia Brasil afora. Mas nem sei artesanato - a menos que arte no Photoshop o seja considerada.

Estamos todos tão escravos do utilitarismo, um dos itens da sopa intragável da socieade que criamos e que nos causa tanto estresse, que até o silêncio está sendo esquecido, por "inútil"...

Coisas Pequenas

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pensamento recorrente...

MetasÉ...
-> Ser "bem sucedido" (leia-se: ter um trabalho pomposo)
-> Ter carrão, casa, usar roupas bacanas, tudo bacana
-> Estar num ótimo grupo social e frequentar lugares "chiques"
-> Ir pra Disney (Oo)

(...)

Quer saber? Não quero!
Não são meus valores! [dedo em riste]
Quero sossego e simplicidade.... 

(...)

Ok... Sossego e simplicidade também custam caro...

(to be continued...)

sábado, 17 de setembro de 2011

Toda nudez será castigada?

Clique para ver mais imagens
Centenas de israelenses posam nus para o fotógrafo americano Spencer Tunick, às margens do Mar Morto, em Israel (Veja mais)

Sempre quis participar dessas coisas ^^

Fico imaginando como seria a sociedade se roupas e vergonha do próprio corpo não fossem tão presentes...

Não iria ter ninguém mais "chique" - no mínimo mais bonito, conceito que varia conforme a época.
...E certamente os complexos com a própria imagem não seriam os mesmos de hoje, pois notaríamos nos outros muito mais "defeitos" daqueles que apontamos e nós mesmos impiedosamente...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Argentina: Humanidade 1 x 0 Obscurantismo


É... A Argentina merece aplausos por ser o 1º país da América Latina a ater-se à igualdade de direitos entre cidadãos em se tratando da diversidade sexual. Bem diferente dos demais estados que ainda cedem ao lobby de religiosos cegos por dogmas que lembram a inquisição (e estados islâmicos)... União civil entre pessoas do mesmo sexo, útil ou não, ainda é uma vitória da civilização moderna sobre o supersticioso da humanidade!

De qualquer modo, com ou sem reconhecimento do Estado, com ou sem "direito", as pessoas continuarão tendo afeto, amor por quem bem entenderem. Numa visão simplista caberia questionar: Pra que diabos então homens (ou mulheres) vão querer unir-se civilmente entre si? Isso é importante? "Talvez"...
Talvez pela simples satisfação de não se ver mais marginalizado pela sociedade, pelo menos no papel. Talvez pela conquista de direitos iguais aos de casais convencionais, como herança, previdência (pensão), adoção, sem a necessidade de ficar se debatendo com trâmites jurídicos (e com juízes cabeças-ocas que confundem instituições tribunal/igreja).

Bem... Não vou esperar muito dos homens, visto que só na história relativamente recente é que se corrigiram algumas coisinhas...:
  • A emancipação feminina com direitos tão básicos como o próprio corpo, ao voto, ao trabalho, à voz...
  • O reconhecimento de negros como pessoas tanto quanto brancos... E pensar que houve tempos em que eram considerados "animais" e, portanto, sequer tinham "alma", pode? Com tolices justicam-se as barbáries, sempre...
  • Surdos/Mudos serem notados, respeitados e ouvidos. Fiquei pasmo durante uma aula de linguagem de sinais (LIBRAS) ao saber que pessoas assim não tinham direito ao estudo (que sequer existia), ao voto, a testamento ou herança (!!!), considerados tão incapazes quanto indivíduos com problemas mentais.
  • Os animais ganharam direitos, embora não desfrutem (bem como muitos humanos); só não ganharam "alma" ainda porque alguns macaquinhos talvez precisem disso para matá-los sem remorso ^^
  •  por aí vai...
E pensar que esses avanços ainda nem alcançaram o mundo todo... A ver...