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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ser interessante?

Olhares, [amarelos] sorrisos, assuntos (!); escoltados por uma tensão que brota espontaneamente quando se está a conhecer quem quer que seja (aliás, uma das poucas coisas espontâneas entre humanos modernos...).

Conversa vai, conversa vem, e aos poucos as maquiagens sociais vão borrando. À vista amizades, beijos, aquele emprego novo. Ou não, caso os santos cricris definam que são da paz e "não batem" (perdão ao trocadilho).

Infelizmente, alguns macaquinhos não possuem sensibilidade suficiente pra saber distinguir os tipos de desejo que (não) despertam - ou simplesmente ignoram as entidades citadas - e chegam a indagar o óbvio. Como carência cega o amor próprio, viu...

O engraçado é que, não raro, contribui para a apatia/antipatia justamente querer conquistar o ego alheio (excluamos os puxa-sacos, que não merecem consideração ^^). Aquela falsa atenção estampada com as clássicas balançadinhas de cabeça, os sorrisos burocráticos, a pedância, o tempo frio, quente ou chuvoso... Por que, afinal, a preocupação com ser ou não "interessante"?



"Seja você mesmo", diz o imperativo desgastado e paradoxalmente pouco usado, especialmente com leveza... Soa clichê feio ler e bordão irritante ouvir, mas de início é o melhor (e é tudo o que) você pode oferecer.

Se isso não for suficientemente interessante para o outro, melhor encontrar alguém que lhe enxergue e goste do que vê: qualidades e defeitos. Alguém que, pelo simples fato de ter escolhido sua companhia, te faça querer (inspire a) ser uma pessoa melhor.

É muito pobre querer ser/parecer melhor/interessante pra chamar atenção de alguém (Além de bem cansativo; até peidar fica difícil haha)

Liberdade!

Se é pra se esforçar pra conquistar alguém, que seja para você mesmo. Sem narcisismos, poder olhar de vez em qdo pr'aquele ser no espelho e sorrir. Isso com certeza vai refletir nos diversos espelhos (da alma) que nos captam, admiram, ignoram?, julgam todos os dias, cada qual com uma imagem e conceito diferente...

Agora, se isso não for interessante pra si próprio...
Melhor enfiar a cara na novela mesmo



domingo, 12 de fevereiro de 2012

Baião de 2

Disposto, faça chuva ou sol, nem precisou esforço para fazê-lo encarar a teimosa precipitação do céu paulistano. No shopping, é claro, clichê substituto de praia.

Saímos, fizemos hora caminhando, sentindo o calor compartilhado na roupa contraposta ao vento fresco...
Mal reparei as vitrines (ufa!)
Jantamos o trivial. Sem planos, só o cinema na agenda.

Vencida a fila das pipocas, já impacientes, assistimos ao filminho.
Era comédia (e eu nem gosto, mas ri). Ele riu - e chorou também (que fofo!).

A atenção, o carinho e o agrado foram suficientes para voltar leve pra casa, sem mais...
Afinal, quem não precisa? Companhia assim faz um bem... =)

Pois é; bom sair comigo mesmo mais vezes... (#foreveralone_feelings? Não)

(...)

O outro enriquece (ou deveria) o cotidiano, mas não deve ser pré-requisito para que seja rico. Somos nossa principal companhia e convém que esta seja agradável.

Segurança? Alegria? Compreensão e tolerância? Prazer?
Esperar de um terceiro o que nem mesmo você consegue se dar é uma projeção meio absurda.
A própria expressão "você que sabe" já é irritante, quer reticente ou não...

Não se trata de "autosuficiência" a proposta. Tomo o último exemplo, que é conversa recorrente com amigas fêmeas: mulher, se nem você que está dentro dessas carnes consegue se dar prazer, como é que espera que alguém que não lhe conhece tão bem quanto sua alma o faça? (O maior incentivador de siriricas que conheço! kkk )

Que se possa consigo divertir, conversar (sim!), cantar, dividir um silêncio gostoso por não opressor, rir até e em especial das próprias mazelas etc. Isso dentro de um mesmo ser, quase um baião de 2 ambulante.

Somos quem podemos ser / Sonhos que podemos ter

(Lembrei de uma observação de um colega carioca naturalizado em terras bandeirantes: você é a única pessoa "não estranha" que vi por aqui. (?) Você coloca o feijão separado no prato )

domingo, 25 de dezembro de 2011

Sobre Desistências (e coragem e vitimismo)

Que tal livrar-se de tudo que atrasa, limita, entristece, pesa... e ficar com a alma e cotidiano mais leve em 2012?
Sim, é difícil. Há quem não consiga nem deletar contatos chatos e sem graça de Facebook, pra não se sentir tão sozinho...
Por isso as listas de desejos anuais dificilmente são levadas a cabo ^^

Você deve conhecer algumas pessoas que nem sabe direito por que diabos ainda permite proximidade, participação/atraso naquilo que lhe é tão caro (como sonhos...) Deve ser mais fácil apontar pra terceiros e dizer "não sei como/por que aguenta..."

Queria adivinhar quando encontro gente assim, pra evitar. São pessoas que sugam a gente, sejam "amigos", sejam companheiros(as). Não que sejam ruins intencionalmente por natureza.


Quando finalmente somos vencidos pelo cansaço/frustração/desgosto e decidimos pedir licença para o caminho que precisamos seguir para nos tornarmos alguém melhor, se acham no direito de condenar...
(Isso supondo que a iluminada atitude seja tomada)

Triste quando alguém adota a postura de vítima, coadjuvante na própria vida, insiste em não reconhecer e assumir responsabilidade pelo que lhe ocorre...

Memória seletiva é um dos fatores que impedem de amadurecer, além de incompetência e falta de coragem ou mesmo vontade...

Assim, já abandonei amizades superficiais/apáticas/oportunistas, já abandonei amores desgastantes/improdutivos/incertos, já abandonei trabalhos desestimulantes/estéreis/inférteis/atrofiantes. Tolerância tem limites! (Pelo menos deveria ter...)

Será que isso me diminuiu? Trouxe foi (além de superados vazio, dor e culpa) uma boa dose de segurança, alívio, aprendizado, serenidade, paz e energia para abraçar com mais vontade.

Há quem acredite que desistir é "fácil". Desistir sem tentar talvez seja. Desistir porque não faz bem nem sentido submeter-se já é outra história. Isso é lutar: é uma mensagem a si mesmo que a vida vale mais! (É questão de dignidade, no caso da Eutanásia)

E a vida é curta! A gente morre! (como bem observou Lispector) Por mais óbvio que seja, é algo que não é muito lembrado enquanto nos sujeitamos a situações e pessoas que não nos acrescentam nem fazem bem.

Afeto/Apego? Medo? Bom mocismo/Culpa? Pena?! Sei lá o porquê de tornar-se cômodo de alguma forma... Talvez seja porque não se sabe o que se quer direito, então "vai levando..."
Falta de alternativa(s)? Não.

PS: Desejo a todos os meus amigos (e colegas de jornada que não o sejam) percepção e coragem para tornarem suas vidas mais gostosas. Portas se abrirão.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Coração Dentadura

E foi levando... O emprego, os concursos públicos sem preparo, sem planos, a lista improvisada do mercado que sempre falta algo, sempre falta, os olhos protegidos dos ventos de agosto, da luz do verão, cobertos, as olheiras, a coleção de "E SEs..?" que inevitavelmente todos nós temos.

Protelou pacientemente por aqueles momentos, pessoas, oportunidades melhores... Que não surgiram. Assim, acabou ca[n]sada com a primeira bigorna de umbigo estufado por quem convenceu-se apaixonada.

Uma saída comum, racional e triste a essa carência selvagem é aprochegar-se de alguém muito bacana por quem não sentimos o que gostaríamos de sentir, apesar de todos os predicados. Qual clichê... Coração/pênis foderá com tudo (chifre e/ou dores de cabeça à vista).

Os órgãos são arapucas que, suspeito, influenciam em algo irritante com relação aos seres mais desgraçados, mais ciumentos, mais “draminha” (...), mexendo com coisa indefinida dentro das pessoas (ou com o duvidoso senso de humor do cupido). E nem adianta muito fugir da vocação, visto que escolher demais frustra e mais cedo ou mais tarde arrasta ao "já que não tem tu..." [ Loop: continua no parágrafo anterior]

De todo modo, é preferível tentar. Afinal, não se tem notícia de sortudo cidadão que tenha ganho na sena sem jogar. As regras? Amores e paixões são pra doer, pra atormentar, pra causar estresse mesmo!

E como! O bicho não paga o seu cartão, nem  nada; é irresponsável e ainda vem sem GPS de fábrica ... Ou seja, pior que levar criança pequena em praia lotada... O coração.

Não devia ser assim... (e não precisa ser assim)

Às vezes o desejo é que o órgão fosse como dentadura: a gente tira e põe num copo d'água quando precisar... (Idem meu nariz alérgico - oxalá) Como não dá, arquemos com os dividendos e prejuízos e administremos as "coisas" restantes...

... Coisas objetos, coisas fotos, coisas pessoas, coisas momentos...(Aqueles que podem passar quando a gente fica esperando, tipo ônibus )

De algumas nos desfazemos - objetos, fotos, agendas, aquele bicho de pelúcia ridículo que você não queria ganhar... Dentre outras...

Com sorte, lhe restam também os amigos - se você não foi idiota de ignorá-los =)

sábado, 1 de outubro de 2011

Ficar Solteiro x Amarrar o Bode

Sabe quando você é novinho e não atura de seus pais:
  • Ser constrangido a comparecer àquelas reuniões chatas de família;
  • Precisar dar satisfação do que faz (quando descoberto rss ) e/ou do que deixou de fazer;
  • Não poder sair pro "fervo" sem autorização (ou sem mentir )
  • Nem poder descascar o palhaço (ou curtir uma siririca) em paz, com cuidado pra não te pegarem;
  • Poder ter tantas amigas mulheres (ou homens) quanto quiser, sem ter que prestar relatório;
  • Largar cuecas e meias espalhadas por aí, sem levar pito;
  • Já tomou o remédio? Ontem tava botando os pulmões pra fora ¬¬
  • E esse cabelo? E essa roupa? Oras!
Etc etc etc. Enfim, não ter lá muita liberdade.

Só que não estou falando do seu papai ou da sua mamãe, mas do ponto de vista de quem prega que estar solteiro "é o que há". E solteiro sim, sozinho nooonca! (Outras vantagens implícitas aí, copiou? )

Não estou negando que a solteirice tenha um lado legal. Até acho que é muito necessário passar por uma fase de curtição. Sim, queridas princesas virgens, curtição é bom e é preciso! (Até pra ser menos provável fazer caca quando a coisa ficar séria...)

Mas será que comprometer-se é tão castrante assim? 

Bom, de minha parte, não faço questão de algumas coisas (?); e outras (boa parte) dá pra encaixar dentro de um relacionamento.

Será que dá mesmo? 

O negócio é saber manter uma certa individualidade: conservar amigos e hobbies, reservar um tempo pra si, ter objetivos e não viver só em função do outro...
De todo modo, permitir alguém entrar na sua vida só se for pra acrescentar coisas. A partir do momento que tira mais que acrescenta, não vale a pena, só empobrece e atrasa a vida dos envolvidos.

Claro que muito da preservação da individualidade é construído aos poucos. Confiança é firmada aos poucos. Começa desde cedo: sendo você mesmo. 
Exige bastante diálogo sobre o que se quer e o que não quer - e ser flexível, tão flexível quanto espera que o outro seja!
Previsivelmente não é fácil (haja paciência) e nem tudo umas boas conversas resolvem, lógico, pois teimosia e orgulho sempre aparecem dos dois lados... É necessário se despir disso com freqüência.

Beem mais fácil é flertar, ganhar uma noite, uma semana ou ou até mais dias apaixonantes - e com bastante sexo . Não é algo que precise manter. Enjoou, acabou. Simples assim ^^

Ok, então o que tem de bom em um relacionamento? 

Lidar com um ciuminho básico, com implicâncias com nossa aparência, isso é até gostoso, é bobagem...
Detalhe: vivemos mais quando temos alguém implicando, atento ao nosso bem estar e cobrando que cuide da saúde - vale especialmente pra nós homens ;

Dividir as coisas é legal também. Dividir planos, momentos bons e ruins, dar e receber apoio - e dividir contas! huahauha! É, morar juntos também tem suas vantagens... 

Só um ponto eu acho realmente complicado, dependendo do quão visionário você for:
Estando solteiro fica mais fácil focar na sua carreira e nos seus sonhos...

É... Pode-se tentar conciliar até onde der, mas se você não consegue se sentir realizado/feliz sem isso e tampouco incluir a pessoa... Talvez seja melhor reavaliar se o relacionamento (ou a carreira) é tão importante assim e tomar uma decisão. Isso evita viver frustrado e magoar alguém e/ou a si mesmo no futuro... (E não vai adiantar culpar/cobrar o outro por uma decisão que só cabia a você) 

Variedade sexual é legal até certo ponto, mas não traz a intimidade/cumplicidade e um chamego pra lá de gostoso que a gente só tem com quem conhece bem - e isso exige tempo, entre outras coisas mais importantes...

E, na minha opinião, sexo com quem você tem essa história é bom antes, durante e depois - e depois inclui o dia seguinte. De quantas transas eventuais dá pra dizer isso?
Isso sim que é Friends With Benefits de verdade!

Nota: tem vários casais por aí que se dão bem em uma relação aberta. Se viver sem variar o cardápio for impossível pra você, basta achar alguém com a mesma cabeça, dar um "foda-se" pra moralismos e ser feliz ^^ Não precisa estar solteiro (e nem trair) pra isso.

Enfim, não existe um modelo certo de relacionamento. Certo é o que faz bem pros dois.
Por isso é bem possível ter várias coisas da "solteirice" mesmo comprometido, e com as coisas boas de ter alguém ao seu lado.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Paradigma-amar (?)

Não ia manter o título, mas gostei da cacofonia.
Ctrl+v:

O amor a gente acostuma, e descobre mais forte quando perde.

É que se a gente procura o amor, é porque falta, se falta é porque a gente não tem (bastante óbvio), e se não tem é porque não conhece o caminho pra encontrar à não ser o próprio caminho que a gente conhece que nos mantém na falta.

Encontrar o que nos falta é o mesmo que dizer algo que não imaginamos. Como podemos dizer o que não sabemos? Isso é até uma resposta de guerra quando nos julgam errado e respondemos que o fulano nos está julgando com sua cara, mesmo porque não haveria outra pra julgar. Um cara só pode julgar um crime com suas próprias possibilidades criminosas.

Então é isso, se procuramos o que não sabemos, percorremos para isso o caminho do que sabemos e que só nos tem garantido justamente a falta.
O amor está num acidente de trânsito, numa briga, em tudo que não imaginávamos, que não concordamos e por isso nos escapa. O amor é o outro lado.

O amor não é bom, é só um momento de plenitude que depois que acostuma vira amizade.

Mas seja como for, amor é o que nos desperta ternura, raiva, pena, tristeza, ódio, vontade, prazer... O amor é tudo, toda a paz e toda a guerra.

Matar a sede, matar a fome, matar o nos tortura na escuridão desse eterno corredor da morte que não se conhece. Acabar com a dor, com o medo da dor, com a necessidade de se manter em pé. O amor perfeito é a anulação da vida que a gente no fundo não quer, mas que tem medo de perder.

O encontro é sempre de mau jeito, no meio de algum caminho quando a gente menos espera.

Acontece aos poucos e quando vê tá enroscado. Depois disso muitos fatores alimentam, existe a maior tendência de se cobiçar o que é cobiçado, mas se a gente descobre a fórmula de criar, daí parece fácil mas num instante perde, porque a criatura se descobre e loguinho quer mais.

É melhor deixar acontecer, porque pode crer, é uma questão de tempo e acontece. E depois aquele monte de briga também acontece, porque as coisas nunca saem do jeito que a gente quer.

Por Aston Brown, originalmente aqui