quarta-feira, 16 de maio de 2012

Tara Silvícola

Até onde é interessante aquele olhar através dos óculos escuros? Com que freqüência mesmo aquela lingerie matadora ilustra fantasias? Se tudo se acaba naquele momento em que você pega no cabelo duro moldado por gel, laquê... Naquele aroma de essência amarga no lugar do cheirinho quente do pescoço... (Ou numa conversa insossa, com menos sorte )

Nada como o cheiro natural, o gosto de boca e aquele abraço-gostoso-de-abraçar... O resto é engenharia...

O odor perfumado não é apenas misofobia [aversão ao sujo, a germes], mas um complemento ao culto ao corpo "perfeito", cabelos bonitos, roupas bonitas, atitude isso e aquilo, do melhor "produto" para consumo/desejo.

Cuidar-se, fazer uns afagos ao ego e sentir-se bem e seguro consigo mesmo é saudável, é demonstração de um pouco de amor próprio até. De novo: até que ponto?

Eu acho legal despir-se dos cosméticos um pouco, o que inclui não se encher de cremes pra ir dormir... (Rir também enruguece, e aí? ) Pôr aquela camiseta velha, chinelos, aquele short conveniente [?], ou simplesmente jogar-se nu a pele e pêlos (pêlos?), sem pudores... Afinal, tal coisa "dispensa fardamentos" (sic).

Há outras bobagens, como a que ouvi hoje:
_ A gente fala "sexo" pra algo mais casual; com quem a gente gosta a gente faz "amor", disse Fulano.
_ Aham... Tá bom que só porque gosta você vai puxar o cabelo, falar putaria, até cuspir lá e vai chamar isso de "fazer amor"..., disse o Beltrano aqui.

Maqueagens sociais que nós, bobos macaquinhos pelados, vamos inventando pra tornar o mundo civilizado mais chato...

Nenhum comentário:

Postar um comentário